domingo, 19 de fevereiro de 2012

A Biblioteca - Umberto Eco

Vieira da Silva, Biblioteca em Fogo

«... Um dos mal-entendidos que dominam a noção de biblioteca é o facto de se pensar que se vai à biblioteca pedir um livro cujo título se conhece. Na verdade acontece muitas vezes ir-se à biblioteca porque se quer um livro cujo título se conhece, mas a principal função da biblioteca, pelo menos a função da biblioteca da minha casa ou da de qualquer amigo que possamos ir visitar, é de descobrir livros de cuja existência não se suspeitava e que, todavia, se revelam extremamente importantes para nós.
... A função ideal de uma biblioteca é de ser um pouco como a loja de um alfarrabista, algo onde se podem fazer verdadeiros achados e esta função só pode ser permitida por meio do livre acesso aos corredores das estantes.
... Se a biblioteca é, como pretende Borges, um modelo do Universo, tentemos transformá-la num universo à medida do homem e, volto a recordar, à medida do homem quer também dizer alegre, com a possibilidade de se tomar um café, com a possibilidade de dois estudantes numa tarde se sentarem numa maple e, não digo de se entregarem a um amplexo indecente, mas de consumarem parte do seu flirt na biblioteca, enquanto retiram ou voltam a pôr nas estantes alguns livros de interesse científico, isto é, uma biblioteca onde apeteça ir e que se vá transformando gradualmente numa grande máquina de tempos livres...».
Umberto Eco, A biblioteca

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O vídeo na sala de aula ou na BE: muito mais do que um momento descontraído

Se for bem explorado, o recurso à imagem fílmica pode ser muito vantajoso em contexto educativo. É importante estabelecer a distinção de três fases na visualização do filme, ou excerto fílmico – antes, durante e depois –, cada uma das quais deve reservar algumas tarefas específicas. Desta forma, assegura-se que os alunos estarão envolvidos, mediante tarefas concretas, que lhes dão a responsabilidade de estarem atentos e de serem críticos; apela-se a que evoquem os seus conhecimentos prévios, integrando o recurso no processo do desenvolvimento curricular; incentiva-se o debate de ideias, reforçando as capacidades de interação e de síntese. Um filme, durante uma aula ou na BE, pode ser muito mais do que um momento descontraído!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Aprender a aprender



Através de uma metáfora encantadora, este pequeno filme põe-nos a pensar sobre o que significa ser professor. Magnífico.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Que tal um passeio por Nova Iorque?...

Aprender pelo olhar – uma outra forma de literacia


Vivemos, atualmente, numa sociedade profundamente marcada pela imagem. Estamos rodeados de imagens que se sucedem e se multiplicam vertiginosamente: através da publicidade, que é hoje uma realidade tão poderosa e omnipresente; através das redes de comunicação estabelecidas pela internet, em que a imagem fala por nós, ... Neste ponto, a Escola tem especial responsabilidade, no que toca uma aprendizagem muito importante: o saber olhar e o saber pensar as imagens que, nos mais variados contextos, nos surgem e, particularmente, às crianças e aos jovens, mais expostos e mais vulneráveis. Ao criarmos nos alunos o hábito da observação crítica de imagens, o hábito de as “desmontar”, de dialogar, de se interrogarem, de agudizarem o olhar perante as imagens que os rodeiam, estaremos a contribuir para completar e aprofundar a literacia dos nossos jovens. No universo das imagens que povoam a internet ou a televisão e se colam aos nossos olhos, é crucial essa capacidade crítica de se confrontar com o outro – “quem publicou isto? A que propósito? Em que circunstâncias? A quem quis dirigir-se?” – e consigo mesmo – “será que me identifico com isto? O que me faz sentir/ pensar esta imagem?” Essa capacidade de parar perante uma imagem e de a perscrutar pode dar oportunidade à reflexão – para rejeitar uma mensagem e se demarcar dela, ou para a acolher e consolidar opções. Imagens com estas, recolhidas da blogosfera, merecem ser olhadas sem pressa e dariam uma aula viva...













terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Natal Digital: e se Maria, José e o Menino fossem cibernautas?

Portfolios Digitais

A construção portefólios digitais é uma das possibilidades que as ferramentas da Web 2.0 nos podem facultar. Comodamente, podemos organizar e gerir documentos nos mais diversos suportes e linguagens, inclusive integrar blogues, no nosso portefólio. Esta pode ser uma forma bastante eficiente de organização, por exemplo, da aprendizagem ao longo da vida, pois permite ir fazendo uma gestão diacrónica, acrescentando e reformulando conteúdos e documentos. Isso torna o portefólio digital uma “pasta” atualizável e sempre pronta a apresentar o historial do percurso de vida e de aprendizagem do seu titular.

No fim desta página, encontra-se uma apresentação muito útil como tutorial, na formação de um portefólio digital, utilizando wikispaces, partilhada na internet pela EB 2/3 de Quinta da Lomba.